O papel e a atuação do professor já não é há muito tempo a
mesma do passado. Antes ele detinha “todo” conhecimento e depositava nos seus
alunos aquilo que havia estudado. Porém, esse estudo era normalmente lido e
repassado para eles sem reflexão ou visão crítica dos conteúdos.
Hoje, felizmente, podemos e devemos ensinar nossos alunos a
pensar, a questionar e a aprender a ler a nossa realidade, para que possam
construir opiniões próprias.
Para que isto ocorra o professor deve, em primeiro lugar,
gostar e acreditar naquilo que faz, ou seja, através de seus atos e ações ele
servirá de modelo para seus alunos; se ele ensina a refletir ele deve também
refletir, se ele ensina a respeitar o próximo ele deve respeitar seus alunos e
assim por diante. Deste modo ele está sendo uma prova viva daquilo que está
ensinando, pois bem a sua frente existem seres humanos que estão sendo moldados
por ele.
O aluno é como se fosse um solo fértil , onde o professor
semeia suas melhores sementes para que se produzam belos frutos. A relação
professor/aluno deve ser cultivada a cada dia, pois um depende do outro e assim
os dois crescem e caminham juntos. E é nessa relação madura que o professor
deve ensinar que a aprendizagem não ocorre somente em sala de aula. Se
estivermos atentos aprendemos a todo momento e não só na escola com o
professor. Assim, o aluno irá desenvolver um espírito pesquisador e interessado
pelas coisas que existem; ele desenvolverá uma necessidade por aprender,
tornando-se um ser questionador e
crítico da realidade que o circunda. Como diz o filósofo: “O verdadeiro
objetivo da Educação não é meramente prover informação, mas o estímulo de uma
consciência interna” (Al- Ghazali).
Relação Professor-Aluno no processo ensino-aprendizagem
É importante
considerar a relação entre professor/aluno junto ao clima estabelecido pelo
professor, da relação empática com seus alunos, de sua capacidade de ouvir,
refletir, discutir o nível de compreensão dos mesmos e da criação das pontes
entre o seu conhecimento e o deles. Sendo assim, a participação dos alunos nas
aulas é de suma importância, pois estará expressando seus conhecimentos,
preocupações, interesses, desejos e vivências de movimento podendo assim,
participar de forma ativa e crítica na construção e reconstrução de sua cultura
de movimento e do grupo em que vive. (GÓMEZ, 2000). Abreu & Masseto
(1990, p.115), afirmam que:
É o modo de agir do professor em sala de
aula, mais do que suas características de personalidade que colabora para uma
adequada aprendizagem dos alunos; fundamenta-se numa determinada concepção do
papel do professor, que por sua vez reflete valores e padrões da sociedade.
Nesse contexto,
entende-se que a qualidade de atuação da escola não pode exclusivamente
depender somente da vontade de um ou outro professor. É necessária a
participação efetiva e conjunta da escola, junto da família, do aluno e
profissionais ligados à educação, de forma que o professor também entenda que o
aluno não é um sujeito somente receptor dos conhecimentos “depositados”.
De acordo com Pérez
Gomes (2000) a função do professor é ser o facilitador, buscando a compreensão
comum no processo de construção do conhecimento compartilhado, que se dá
somente pela interação. A aula deve se transformar e provocar a reflexão sobre
as próprias ações, suas conseqüências para o conhecimento e para a ação
educativa. Nesse mesmo raciocínio é que Rey (1995) defende a idéia de que a
relação professor-aluno é afetada pelas idéias que um tem do outro e até mesmo
as representações mútuas entre os mesmos. A interação professor-aluno não pode
ser reduzida ao processo cognitivo de construção de conhecimento, pois se
envolve também nas dimensões afetivas e motivacionais. Freire (1996, p. 96)
aponta que:
O bom professor é o
que consegue, enquanto fala trazer o aluno até a intimidade do movimento do seu
pensamento. Sua aula é assim um desafio e não uma cantiga de ninar. Seus alunos
cansam, não dormem. Cansam porque acompanham as idas e vindas de seu
pensamento, surpreendem suas pausas, suas dúvidas, suas incertezas.
Logo, o professor
deixará de ser o “dono do saber” e passará a ser um orientador, alguém que
acompanha e participa do processo de construção e das novas aprendizagens do
aluno em seu processo de formação. Sendo assim, pode-se dizer que os métodos de
ensino são as ações do professor pelas quais se organizam atividades de ensino
e dos alunos para atingir objetivos do trabalho docente em relação a um
conteúdo especifico. Eles regulam as formas de interação entre ensino e
aprendizagem, ente o professor e os alunos, cujo resultado é a assimilação
consciente dos conhecimentos e o desenvolvimento das capacidades cognoscitivas
e operativas dos alunos.
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