segunda-feira, 28 de outubro de 2013

PAULO FREIRE : PEDAGOGIA DA AUTONOMIA

Paulo Freire (1996). Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 165 p
Freire introduz Pedagogia da autonomia explicando suas razões para analisar a prática pedagógica do professor em relação à autonomia de ser e de saber do educando. Enfatiza a necessidade de respeito ao conhecimento que o aluno traz para a escola, visto ser ele um sujeito social e histórico, e da compreensão de que "formar é muito mais do que puramente treinar o educando no desempenho de destrezas" (p.. 15). Define essa postura como ética e defende a idéia de que o educador deve buscar essa ética, a qual chama de "ética universal do ser humano"(p. 16), essencial para o trabalho docente. Não podemos nos assumir como sujeitos da procura, da decisão, da ruptura, da opção, como sujeitos históricos, transformadores, a não ser assumindo-nos como sujeitos éticos (...) É por esta ética inseparável da prática educativa, não importa se trabalhamos com crianças, jovens ou com adultos, que devemos lutar (p. 17 e 19). Em sua análise, menciona alguns itens que considera fundamentais para a prática docente, enquanto instiga o leitor a criticá-lo e acrescentar a seu trabalho outros pontos importantes. Inicia afirmando que "não há docência sem discência" (p. 23), pois "quem forma se forma e re-forma ao formar, e quem é formado forma-se e forma ao ser formado" (p.25). Dessa forma, deixa claro que o ensino não depende exclusivamente do professor, assim como aprendizagem não é algo apenas de aluno. "Não há docência sem discência, as duas se explicam, e seus sujeitos, apesar das diferenças que os conotam, não se reduzem à condição de objeto, um do outro. Quem ensina aprende ao ensinar, e quem aprende ensina ao aprender" (p. 25). Justifica assim o pensamento de que o professor não é superior, melhor ou mais inteligente, porque domina conhecimentos que o educando ainda não domina, mas é, como o aluno, participante do mesmo processo da construção da aprendizagem. Segue sua análise colocando como absolutamente necessário o rigor metódico e intelectual que o educador deve desenvolver em si próprio, como pesquisador, sujeito curioso, que busca o saber e o assimila de uma forma crítica, não ingênua, com questionamentos, e orienta seus educandos a seguirem também essa linha metodológica de estudar e entender o mundo, relacionando os conhecimentos adquiridos com a realidade de sua vida, sua cidade, seu meio social. Afirma que "não há ensino sem pesquisa nem pesquisa sem ensino" (p. 32). Esse pesquisar, buscar e compreender criticamente só ocorrerá se o professor souber pensar. Para Freire, saber pensar é duvidar de suas próprias certezas, questionar suas verdades. Se o docente faz isso, terá facilidade de desenvolver em seus alunos o mesmo espírito. O professor que pensa certo deixa transparecer aos educandos que uma das bonitezas de nossa maneira de estar no mundo e com o mundo, como seres históricos, é a capacidade de, intervindo no mundo, conhecer o mundo (...) Ensinar, aprender e pesquisar lidam com dois momentos: o em que se aprende o conhecimento já existente e o em que se trabalha a produção do conhecimento ainda não existente (p.31). Ensinar, para Freire, requer aceitar os riscos do desafio do novo, enquanto inovador, enriquecedor, e rejeitar quaisquer formas de discriminação que separe as pessoas em raça, classes... É ter certeza de que faz parte de um processo inconcluso, apesar de saber que o ser humano é um ser condicionado, portanto há sempre possibilidades de interferir na realidade a fim de modificá-la. Acima de tudo, ensinar exige respeito à autonomia do ser do educando. O respeito à autonomia e à dignidade de cada um é imperativo ético e não um favor que podemos ou não conceder uns aos outros (...) O professor que desrespeita a curiosidade do educando, o seu gosto estético, a sua inquietude, a sua linguagem, mais precisamente, a sua sintaxe e a sua prosódia; o professor que ironiza o aluno, que o minimiza, que manda que "ele se ponha em seu lugar" ao mais tênue sinal de sua rebeldia legítima, tanto quanto o professor que se exime do cumprimento de seu dever de propor limites à liberdade do aluno, que se furta ao dever de ensinar, de estar respeitosamente presente à experiência formadora do educando, transgride os princípios fundamentalmente éticos de nossa existência (p. 66). É importante que professores e alunos sejam curiosos, instigadores. "É preciso, indispensável mesmo, que o professor se ache repousado no saber de que a pedra fundamental é a curiosidade do ser humano" (p. 96). Faz-se necessário, portanto, que se proporcionem momentos para experiências, para buscas. O professor precisa estar disposto a ouvir, a dialogar, a fazer de suas aulas momentos de liberdade para falar, debater e ser aberto para compreender o querer de seus alunos. Para tanto, é preciso querer bem, gostar do trabalho e do educando. Não com um gostar ou um querer bem ingênuo, que permite atitudes erradas e não impõe limites, ou que sente pena da situação de menos experiente do aluno, ou ainda que deixa tudo como está que o tempo resolve, mas um querer bem pelo ser humano em desenvolvimento que está ao seu lado, a ponto de dedicar-se, de doar-se e de trocar experiências, e um gostar de aprender e de incentivar a aprendizagem, um sentir prazer em ver o aluno descobrindo o conhecimento.

MENSAGEM VERDADEIRA...........

MENSAGEM PARA TODOS PROFESSORES:

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Bullying no Ambiente Escolar

   Bullying no Ambiente Escolar
 
As crianças brincam para satisfazer suas necessidades intimas e através das brincadeiras espontâneas desenvolvem a capacidade criativa do seu corpo, coordenam movimentos, descobrem o mundo físico e social ao seu redor, mas é neste contexto que devemos estar atentos a algumas brincadeiras, conhecidas já a algum tempo no meio escolar, onde as crianças usam a brincadeira para humilhar, maltratar, ameaçar, agredir, colocar apelidos. A escola atual vê o seu aluno como um todo e passou a se preocupar não só com seu processo intelectual, mas também com todos os aspectos do seu desenvolvimento físico social e mental. Este artigo trata, portanto do Bullying escolar e vem contribuir, com os educadores e pais a compreensão do que ocorre nas escolas, refletindo sobre os desdobramentos, objetivando pensar sobre as possíveis conseqüências desse tipo de violência e suas formas de se diagnosticar. Vivemos em um momento, que tiranizar na escola sempre existiu, e muitos consideram esta prática como uma coisa normal, que faz parte de uma brincadeira. Mas as escolas e a sociedade receberam um chamado para acordar, sob a forma de inúmeros suicídios, ataques violentos e até assassinatos, cometidos por jovens alunos e crianças traumatizados, sem ninguém se aperceber do que acontecia. Tiranizar é um sintoma de um sistema social mal interpretado. Durante muito tempo, comportamentos como o de apelidar ou zoar dos colegas de alguém pode ter sido visto como inofensivos ou naturais da infância e da relação entre crianças e adolescentes na escola. O tema da violência na escola começou a ganhar repercussão e ser observada por parte da comunidade escolar a partir da década de 70, estudos sobre agressões entre os pares nas escolas vem sendo desenvolvidos com objetivos de conhecer a questão e caracterizar uma forma de violência entre pares que tem sido chamado Bullying. No que diz respeito ao Brasil o fenômeno Bullying é uma triste realidade inegável nas escolas brasileiras, independente de turno de estudo, localização da escola, tamanho ou da cidade onde se localiza ou se são séries iniciais ou finas ou ainda se a escola é pública ou privada. É o ato covarde de molestar, ameaçar e humilhar colegas, com a colocação de apelidos, na escola ou em qualquer lugar onde há relações inter pessoais. Nesse sentido, entendemos que, para caracterizar o bullying, essas atitudes têm de ser inter pessoais e repetitivas, com o objetivo de deixar a vítima emocional mente abalada, “para baixo”. Como é um fenômeno que ocorre em quase todos os lugares onde há convívio entre as pessoas, suas consequências afetam a todos. Desta forma, afirmamos que é importante desde muito cedo começar a ensinar nossas crianças a tarefa que envolve educandos, família e escola a trabalhar unidos a fim de promover uma educação pacífica e de combate ao Bullying.
 
Artigo educacional escrito pelas Professoras:  Marta Elizete Buchelt Rech – Pisicopedagoga, Noraneuza  Rodrigues Lima. Pedagoga, Psicopedagoga, Maria Salete, Pedagoga.
 

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

"A suprema arte do professor é despertar a alegria na expressão criativa do conhecimento, dar liberdade para que cada estudante desenvolva sua forma de pensar e entender o mundo, assim criaram pensadores, cientistas e artistas que expressarão em seus trabalhos aquilo que aprenderam com seus mestres." (Albert Einstein)