I APRENDER BRINCANDO: O LÚDICO NA APRENDIZAGEM
Neste trabalho iremos explanar
algumas definições importantes acerca do jogo no processo de aprendizagem,
diferenciar o jogo, da brincadeira e do brinquedo, mostrando sua importância, e
discorrer sobre a importância do lúdico no processo de ensino-aprendizagem.
1.1 O jogo no processo de aprendizagem
O brincar e o jogar são atos
indispensáveis à saúde física, emocional e intelectual e sempre estiveram
presentes em qualquer povo desde os mais remotos tempo. Através deles, a
criança desenvolvem a linguagem, o pensamento, a socialização, a iniciativa e a
auto-estima, preparando-se para ser um cidadão capaz de enfrentar desafios e
participar na construção de um mundo melhor. O jogo, nas suas diversas formas,
auxilia no processo ensino-aprendizagem, tanto no desenvolvimento psicomotor,
isto é, no desenvolvimento da motricidade fina e ampla, bem como no
desenvolvimento de habilidades do pensamento, como a imaginação, a
interpretação, a tomada de decisão, a criatividade, o levantamento de
hipóteses, a obtenção e organização de dados e a aplicação dos fatos e dos
princípios a novas situações que, por sua vez, acontecem quando jogamos, quando
obedecemos a regras, quando vivenciamos conflitos numa competição, etc.
(CAMPOS)
Segundo PIAGET
(1967) citado por , “o jogo não pode ser visto apenas como divertimento ou
brincadeira para desgastar energia, pois ele favorece o desenvolvimento físico,
cognitivo, afetivo e moral”. Através dele se processa a construção de
conhecimento, principalmente nos períodos sensório-motor e pré-operatório.
Agindo sobre os objetos, as crianças, desde pequenas, estruturam seu espaço e
seu tempo, desenvolvendo a noção de casualidade, chegando à representação e,
finalmente, à lógica. As crianças ficam mais motivadas para usar a
inteligência, pois querem jogar bem, esforçam-se para superar obstáculos tanto
cognitivos como emocionais.
O jogo não é simplesmente um
“passatempo” para distrair os alunos, ao contrário, corresponde a uma profunda
exigência do organismo e ocupa lugar de extraordinária importância na educação
escolar. Estimula o crescimento e o desenvolvimento, a coordenação muscular, as
faculdades intelectuais, a iniciativa individual, favorecendo o advento e o
progresso da palavra. Estimula a observar e conhecer as pessoas e as coisas do ambiente
em que se vive. Através do jogo o indivíduo pode brincar naturalmente, testar
hipóteses, explorar toda a sua espontaneidade criativa. O jogo é essencial para
que a criança manifeste sua criatividade, utilizando suas potencialidades de
maneira integral. É somente sendo criativo que a criança descobre seu próprio
eu (TEZANI, 2004).
O jogo é mais importante das
atividades da infância, pois a criança necessita brincar, jogar, criar e
inventar para manter seu equilíbrio com o mundo. A importância da inserção e
utilização dos brinquedos, jogos e brincadeiras na prática pedagógica é uma
realidade que se impõe ao professor. Brinquedos não devem ser explorados só
para lazer, mas também como elementos bastantes enriquecedores para promover a
aprendizagem. Através dos jogos e brincadeiras, o educando encontra apoio para
superar suas dificuldades de aprendizagem, melhorando o seu relacionamento com
o mundo. Os professores precisam estar cientes de que a brincadeira é
necessária e que traz enormes contribuições para o desenvolvimento da
habilidade de aprender e pensar. (CAMPOS)
1.2 Brinquedos, brincadeira e jogo
Em todos os tempos, para todos os
povos, os brinquedos evocam as mais sublimes lembranças. São objetos mágicos,
que vão passando de geração a geração, com um incrível poder de encantar
crianças e adultos. (VELASCO, 1996)
Diferindo do jogo, o brinquedo supõe
uma relação intima com a criança e uma indeterminação quanto ao uso, ou seja, a
ausência de um sistema de regras que organizam sua utilização. (KISHIMOTO,
1994)
O brinquedo contém sempre uma
referência ao tempo de infância do adulto com representações vinculadas pela
memória e imaginações. O vocábulo “brinquedo” não pode ser reduzido à
pluralidade de sentidos do jogo, pois conota a criança e tem uma dimensão
material, cultural e técnica. Enquanto objeto, é sempre suporte de brincadeira.
O brinquedo é a oportunidade de
desenvolvimento. Brincando, a criança experimenta, descobre, inventa, aprende e
confere habilidades. Além de estimular a curiosidade, a autoconfiança e a
autonomia, proporcionam o desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da
concentração e da atenção.
O brinquedo traduz o real para a
realidade infantil. Suaviza o impacto provocado pelo tamanho e pela força dos
adultos, diminuindo o sentimento de impotência da criança. Brincando, sua
inteligência e sua sensibilidade estão sendo desenvolvidas. A qualidade de
oportunidade que estão sendo oferecidas à criança através de brincadeiras e de
brinquedos garante que suas potencialidades e sua afetividade se harmonizem.
Para Vygotsky (1994) citado por
OLIVEIRA, DIAS, ROAZZI (2003), o prazer não pode ser considerado a
característica definidora do brinquedo, como muitos pensam. O brinquedo na
verdade, preenche necessidades, entendendo-se estas necessidades como motivos
que impelem a criança à ação. São exatamente estas necessidades que fazem a
criança avançar em seu desenvolvimento.
A brincadeira é alguma forma de
divertimento típico da infância, isto é, uma atividade natural da criança, que
não implica em compromissos, planejamento e seriedade e que envolve
comportamentos espontâneos e geradores de prazer. Brincando a criança se
diverte, faz exercícios, constrói seu conhecimento e aprende a conviver com
seus amiguinhos.
A brincadeira transmitida à criança
através de seus próprios familiares, de forma expressiva, de uma geração a
outra, ou pode ser aprendida pela criança de forma espontânea (MALUF,2003).
É a ação que a criança desempenha ao
concretizar as regras de jogo, ao mergulhar na ação lúdica. Pode-se dizer que é
o lúdico em ação. Dessa forma brinquedo e brincadeira relacionam-se diretamente
com a criança e não se confundem com o jogo (KISHMOTO, 1994).
Para a criança, a brincadeira gira em
torno da espontaneidade e da imaginação. Não depende de regras, de formas
rigidamente estruturadas. Para surgir basta uma bola, um espaço para correr ou
um risco no chão (VELASCO, 1996).
Segundo VYGOTSKY, a brincadeira
possui três características: a imaginação, a imitação e a regra. Elas estão
presentes em todos os tipos de brincadeiras infantis, tanto nas tradicionais,
naquelas de faz-de-conta, como ainda nas que exigem regras (BERTOLDO, RUSCHEL).
A brincadeira não é um mero
passatempo, ela ajuda no desenvolvimento das crianças, promovendo processos de
socialização e descoberta do mundo (MALUF, 2003).
O jogo pode ser visto como: resultado
de um sistema linguístico que funciona dentro de um contexto social; um sistema
de regras e um objeto.
No primeiro caso, o sentido do jogo
depende da linguagem de cada contexto social. Enquanto fato social, o jogo
assume a imagem, o sentido que cada sociedade lhe atribui. É este aspecto que
nos mostra porque, dependendo do lugar e da época, os jogos assumem
significações distintas.
No segundo caso, um sistema de regras
permite identificar, em qualquer jogo, uma estrutura sequencial que especifica
sua modalidade. Tais estruturas sequenciais de regras permitem diferenciar cada
jogo, ou seja, quando alguém joga, esta executando as regras do jogo e, ao
mesmo tempo, desenvolvendo uma atividade lúdica. O terceiro sentido refere-se
ao jogo enquanto objeto.
Os três aspectos citados permitem uma
primeira compreensão do jogo, diferenciando significados atribuídos por
culturas diferentes, pelas regras e objetos que o caracterizam.
Através do jogo a criança: libera e
canaliza suas energias; tem o poder de transformar uma realidade difícil;
propicia condições de liberação da fantasia; é uma grande fonte de prazer. O
jogo é, por excelência, integrador, há sempre um caráter de novidade, o que é
fundamental para despertar o interesse da criança, e à medida em que joga ela
vai conhecendo melhor, construindo interiormente o seu mundo. Esta atividade é
um dos meios propícios à construção do conhecimento.
1.3 A importância do lúdico na aprendizagem
O lúdico tem sua origem na palavra
latina "ludus" que quer dizer "jogo”. Se se achasse confinado a
sua origem, o termo lúdico estaria se referindo apenas ao jogar, ao brincar, ao
movimento espontâneo. O lúdico passou a ser reconhecido como traço essencial de
psicofisiologia do comportamento humano. De modo que a definição deixou de ser
o simples sinônimo de jogo. As implicações da necessidade lúdica extrapolaram
as demarcações do brincar espontâneo. (ALMEIDA)
O Lúdico apresenta valores
específicos para todas as fases da vida humana. Assim, na idade infantil e na
adolescência a finalidade é essencialmente pedagógica. A criança e mesmo o
jovem opõe uma resistência à escola e ao ensino, porque acima de tudo ela não é
lúdica, não é prazerosa. (NEVES)
Segundo PIAGET, o desenvolvimento da
criança acontece através do lúdico. Ela precisa brincar para crescer, precisa
do jogo como forma de equilibrarão com o mundo (BARROS).
Para VITAL DIDONET “é uma verdade que
o brinquedo é apenas um suporte do jogo, do brincar, e que é possível brincar
com a imaginação. Mas é verdade, também, que sem o brinquedo é muito mais
difícil realizar a atividade lúdica, porque é ele que permite simular
situações”. (BERTOLDO, RUSCHEL)
A ludicidade, tão importante para a
saúde mental do ser humano é um espaço que merece atenção dos pais e
educadores, pois é o espaço para expressão mais genuína do ser, é o espaço e o
direito de toda a criança para o exercício da relação afetiva com o mundo, com
as pessoas e com os objetos.
O lúdico possibilita o estudo da
relação da criança com o mundo externo, integrando estudos específicos sobre a
importância do lúdico na formação da personalidade. Através da atividade lúdica
e do jogo, a criança forma conceitos, seleciona idéias, estabelece relações
lógicas, integra percepções, faz estimativas compatíveis com o crescimento
físico e desenvolvimento e, o que é mais importante, vai se socializando.
A convivência de forma lúdica e
prazerosa com a aprendizagem proporcionará a criança estabelecer relações
cognitivas às experiências vivenciadas, bem como relacioná-la as demais
produções culturais e simbólicas conforme procedimentos metodológicos
compatíveis a essa prática.
De acordo com Nunes, a ludicidade é
uma atividade que tem valor educacional intrínseco, mas além desse valor, que
lhe é inerente, ela tem sido utilizada como recurso pedagógico. Segundo
Teixeira 1995 (apud NUNES), várias são as razões que levam os educadores a
recorrer às atividades lúdicas e a utilizá-las como um recurso no processo de
ensino-aprendizagem:
•As atividades lúdicas correspondem a
um impulso natural da criança, e neste sentido, satisfazem uma necessidade
interior, pois o ser humano apresenta uma tendência lúdica;
•O lúdico apresenta dois elementos
que o caracterizam: o prazer e o esforço espontâneo.
Ele é considerado prazeroso, devido a
sua capacidade de absorver o indivíduo de forma intensa e total, criando um
clima de entusiasmo. É este aspecto de envolvimento emocional que o torna uma
atividade com forte teor motivacional, capaz de gerar um estado de vibração e
euforia. Em virtude desta atmosfera de prazer dentro da qual se desenrola, a
ludicidade é portadora de um interesse intrínseco, canalizando as energias no
sentido de um esforço total para consecução de seu objetivo. Portanto, as atividades
lúdicas são excitantes, mas também requerem um esforço voluntário;
•As situações lúdicas mobilizam
esquemas mentais. Sendo uma atividade física e mental, a ludicidade aciona e
ativa as funções psico-neurológicas e as operações mentais, estimulando o pensamento.
Em geral, o elemento que separa um
jogo pedagógico de um outro de caráter apenas lúdico é este: desenvolve-se o
jogo pedagógico com a intenção de provocar aprendizagem significativa,
estimular a construção de novo conhecimento e principalmente despertar o
desenvolvimento de uma habilidade operatória, ou seja, o desenvolvimento de uma
aptidão ou capacidade cognitiva e apreciativa específica que possibilita a
compreensão e a intervenção do indivíduo nos fenômenos sociais e culturais e
que o ajude a construir conexões. (NUNES)
II MATERIAL E METODOS
2.1 População e Amostra
A pesquisa foi realizada com a
participação 26 professores que lecionam da 1ª a 4ª série, de três escolas
particulares e três escolas públicas, onde foram entrevistados, 17 professores
de escolas particulares, e 9 professores de escolas públicas do município de
João Pessoa, de ambos os sexos, com idade variando entre 19 e 52 anos.
2.2 Instrumento
Para alcançarmos os objetivos da
pesquisa, e conseguirmos as informações e dados necessários, será indispensável
à utilização de alguns procedimentos, que são a consulta bibliográfica, pois
precisamos obter embasamento teórico a fim de nos aprofundarmos sobre o tema
escolhido, e a aplicação de questionários semiestruturados, contendo quatro
questões subjetivas e cinco questões objetivas. Para que assim possamos obter a
opinião, e averiguar o nível de conhecimento sobre o assunto abordado, dos
professores atuantes no campo de trabalho relacionado à educação infantil.
2.3 Local da Pesquisa
A pesquisa foi realizada em três
escolas públicas e três escolas particulares da cidade de João Pessoa.
III ANALISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Utilizamos como instrumento de
pesquisa um questionário, para a obtenção dos dados, contendo questões
objetivas e subjetivas, contemplando aspectos como a importância do lúdico, o
que os professores utilizam em sala de aula, e se os mesmos acreditam no
significado do aprender brincando. Os dados foram elaborados através do
programa Microsoft Word. Onde obtivemos os dados abaixo citados:
Utilizando como conceito de lúdico
como sendo: “A palavra lúdico vem do latim ludus e significa brincar. Neste
brincar estão incluídos os jogos, brinquedos e divertimento e é relativa também
à conduta daquele que joga, brinca e que se diverte”.
Pode-se observar que dos 26
entrevistados 76,92% responderam que o lúdico está relacionado com o jogo,
brinquedo ou brincadeira; 11,53% das respostas foram consideradas não
significativas de acordo com os autores aqui citados a respeito do que seria o
lúdico; 7,69% responderam que o lúdico está relacionado com o diferenciamento
entre cores e formas e 3,84% relacionaram o lúdico com a criatividade e a
imaginação.
De acordo com as respostas obtidas,
foi possível observar que 88,4% dos entrevistados responderam que Sim, que
existe um espaço determinado para a utilização de brincadeiras, e 11,6%
disserem que Não existe espaço.
Das vinte e seis pessoas, 84,6%
responderam que as brincadeiras mais freqüentes na escola são os jogos
educativos, que incluem massinha de modelar, ábaco, dominó, dama, jogos
matemáticos, quebra-cabeça e jogos de memória. 34,6% citaram artes, 30,7%
disseram amarelinha; 26,9% Educação física e 23,07% citaram Música.
Utilizamos como conceito de
brincadeira para melhor relacionar as respostas, como sendo “A brincadeira é
alguma forma de divertimento típico da infância, isto é, uma atividade natural
da criança, que não implica em compromissos, planejamento e seriedade, e que
ajuda no desenvolvimento e na socialização” (VELASCO e KISHMOTO).
Tendo em vista que o termo
brincadeira é muito amplo e dá margem a várias definições, não foi possível
categorizar as definições. Porém, escolhemos aleatoriamente três respostas
significativas para comparar com as definições dos autores escolhidos: “ A
brincadeira é uma atividade que deve fazer parte do cotidiano da criança para
que ela possa ter um desenvolvimento motor e social sadio”; “ Brincar é aprender a se relacionar
com os colegas e a descobrir o mundo à sua volta”; “Uma forma de levar as
crianças a desopilarem e de desenvolver a sua capacidade mental e corporal.”
De acordo com os autores estudados a
Brinquedoteca “É o espaço criado com o objetivo de proporcionar estímulos para
que a criança possa brincar livremente” (SANTOS, 1999). Para categorizar as
respostas utilizamos como base o conceito citado acima.
Dos vinte e seis entrevistados 92,4%
respondeu que a Brinquedoteca é um espaço onde a criança brinca; 3,8% responderam
que estaria voltado para a preparação dos professores e 3,8% das pessoas não
soube responder.
Em grau de importância, 61,5% dos
entrevistados, responderam que a brincadeira tem grau importantíssimo na
aprendizagem da criança; 30,8% responderam que é muito importante a brincadeira
e 7,7% disse ser importante.
De acordo com as respostas obtidas,
80,8% dos professores responderam que seus alunos brincam muito na escola; 7,7%
disseram que eles brincam às vezes; 3,8% responderam que brincam muito pouco,
3,8% brincam muitíssimo e 3,8% responderam que as crianças brincam pouco na
escola.
Em relação se o jogo deveria estar
presente nas fases do desenvolvimento da criança, 88,5% dos entrevistados
responderam que Sim e 11,5% responderam que não devem estar presente. Por ultimo, dos entrevistados 96,1%
responderam que seria possível reunir em uma mesma situação o brincar e o
educar, enquanto que 3,9% responderam que às vezes é possível reuni-los.
IV CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Pesquisa realizada sobre “Aprender
Brincando: o lúdico na aprendizagem” foi de grande importância, enriquecendo
nossa vida acadêmica e nosso futuro profissional.
De acordo com os dados obtidos a
partir da visão dos entrevistados, constatamos que o lúdico exerce um papel
importante na aprendizagem das crianças, onde 96,1% dos professores responderam
que é possível reunir dentro da mesma situação o brincar e o educar.
Verificamos, além disso, que 88,4%
dos entrevistados afirmaram a existência de um espaço determinado para a
utilização de brincadeiras na escola. E por fim, identificamos que 76,92% dos
professores possuem uma percepção adequada em relação ao lúdico de acordo com
os autores pesquisados.
A partir do exposto pudemos concluir
que a maioria dos professores “obtém” certo conhecimento sobre o tema, porém
observamos ainda que é necessário tanto nas escolas públicas quanto provadas,
uma maior conscientização no sentido de desmistificar o papel do “brincar”, que
não é apenas um mero passatempo, mas sim um objeto de grande valia na aprendizagem
e no desenvolvimento das crianças.
Sendo assim a escola e,
principalmente, a educação infantil deveria considerar o lúdico como parceiro e
utiliza-lo amplamente para atuar no desenvolvimento e na aprendizagem da
criança.