As Contribuições Teóricas de Jean Piaget Para a Aprendizagem. O
desenvolvimento da inteligência
Para Piaget, o conhecimento
construído pelo homem é resultado do seu esforço de compreender e dar
significado ao mundo. Nessa tentativa de interação e compreensão do meio, o
homem desenvolve equipamentos neurológicos herdados que facilitam o
funcionamento intelectual. O organismo do homem é essencialmente seletivo por
organizar os alimentos que lhe podem ser útil; esses alimentos vão sendo
adaptados, de acordo com as necessidades biológicas. À medida que o homem
seleciona os alimentos e inicia a adaptação destes ao organismo, acontece à
assimilação, ou seja, a estrutura biológica acomoda os alimentos para
satisfazer as necessidades do corpo (GOULART, 1995). Segundo Piaget, esse esquema de organização,
assimilação e adaptação feito pelo organismo pode ser aplicado ao processo de
aprendizagem, que se dá na estrutura cognitiva. A organização seletiva que a
cognição realiza dá-se em um processo permanente de interação do homem com o
meio ambiente, por meio da apreensão do que é útil e necessário à adaptação do
homem no mundo.
O processo de organização, adaptação e assimilação de um novo conhecimento depende de esquemas assimilativos como a repetição e a generalização (GOULART, 1995). As ações, as reflexões e as representações, ao serem repetidas em situações diferentes, tornam-se novas estruturas, novos conhecimentos. Portanto, a repetição reforça os conhecimentos assimilados, ou preexistentes, tornando-os mais consistentes, o que facilita a aprendizagem e o desenvolvimento da inteligência. Para Piaget, a estrutura cognitiva vai construindo-se concomitante à construção de novos conhecimentos, por meio da busca natural do homem de adaptar-se ao meio ambiente.
O processo de organização, adaptação e assimilação de um novo conhecimento depende de esquemas assimilativos como a repetição e a generalização (GOULART, 1995). As ações, as reflexões e as representações, ao serem repetidas em situações diferentes, tornam-se novas estruturas, novos conhecimentos. Portanto, a repetição reforça os conhecimentos assimilados, ou preexistentes, tornando-os mais consistentes, o que facilita a aprendizagem e o desenvolvimento da inteligência. Para Piaget, a estrutura cognitiva vai construindo-se concomitante à construção de novos conhecimentos, por meio da busca natural do homem de adaptar-se ao meio ambiente.
Piaget concebe o homem como sujeito ativo
dentro do processo de aprendizagem, por entender o conhecimento como o
resultado da interação homem-meio. Ao relacionar-se, o homem não se despoja de
sua condição de sujeito ativo. Segundo (Wachowicz, citado por Matui, 1995, p.
62) "na verdade, o homem se produz ao produzir a realidade na qual vive,
ao se relacionar com o meio e com os outros homens".
A interação social que se segue a cada momento
de nossas vidas é um elemento definidor de nossas ações e de nossos comportamentos
sociais. Piaget pensa o ser social como o indivíduo que se relaciona com os
outros, seus semelhantes, de forma equilibrada. Entretanto, Piaget faz uma
ponderação muito interessante sobre relação equilibrada, a qual, segundo ele,
somente pode existir entre pessoas que estejam no mesmo estágio de desenvolvimento
(Taille, 1992).
O equilíbrio a que Piaget se
refere somente pode existir entre pessoas que estejam no mesmo nível de desenvolvimento, ou
seja: “A maneira de ser social de um adolescente é uma, porque é capaz de
participar de determinadas relações (...) e a maneira de ser social de uma
criança de cinco anos é outra, justamente porque ainda não é capaz de
participar de relações sociais que expressam e que demandam um equilíbrio de
trocas intelectuais”. (TAILLE, 1992, p.14). Portanto, dependendo do estágio em que a
criança esteja, poderá falar-se de um grau maior ou menor de socialização.
Resumidamente, para Piaget, a socialização possui vários graus. Começa no grau
zero, quando a criança é recém-nascida, até o grau máximo, representado pelo
conceito de personalidade. A personalidade significa, portanto, o momento de
autonomia do indivíduo, quando ele já superou o egocentrismo e consegue
estabelecer uma relação de trocas intelectuais recíprocas com os outros.
Está claro que, para Piaget, o conhecimento
deve ser visto como uma construção em constante processo. Isso pressupõe
entender que a criança é capaz de criar, recriar e experimentar de forma
autônoma, impulsionando seu próprio desenvolvimento.
Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos
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http://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/32647/as-contribuicoes-teoricas-de-jean-piaget#ixzz3zSbbYXbZ
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