sábado, 4 de novembro de 2017

Conceito na Escola

Conceito de Didática
Didática-na-escola
A Didática é a parte da Pedagogia que utiliza estratégias de ensino destinadas a colocar em prática as diretrizes da teoria pedagógica, do ensino e da aprendizagem.
A Didática, para desempenhar papel significativo na formação do educador, não poderá reduzir-se somente ao ensino de técnicas pelas quais se deseja desenvolver um processo de ensino-aprendizagem.
Como diz Santos (2003): A Didática passou de (…) apêndice de orientações mecânicas e tecnológicas para um atual (…) modo crítico de desenvolver uma prática educativa, forjadora de um projeto histórico, que não se fará tão somente pelo educador, mas pelo educador, conjuntamente, com o educando e outros membros dos diversos setores da sociedade.

Para Libâneo (1992): A Didática é o principal ramo de estudo da Pedagogia. Ela investiga os fundamentos, as condições e os modos de realização da instrução e do ensino. A ela cabe converter objetivos sociopolíticos e pedagógicos em objetivos de ensino, selecionar conteúdos e métodos em função desses objetivos.
Gil (1997), ao abordar a Didática, entende esta como (…) a sistematização e racionalização do ensino, constituída de métodos e técnicas de ensino de que se vale o professor para efetivar a sua intervenção no comportamento do estudante.
Dessa forma, há preocupações de alguns teóricos quanto à sua representação e significação no campo educacional. Vejamos:
Uma síntese do conceito de Didática pode ser depreendida de Maria Rita Oliveira (1988): A autora conceitua Didática, considerando o Brasil, como uma concepção de ensino e prática social articulada a outras práticas sociais na formação social brasileira. A autora apresenta uma conceituação da didática como crítica.
Nela, há um compromisso com o ensino, ensino esse voltado para os interesses das classes populares, com a transformação das relações de opressão e dominação e com a democratização da escola pública; com o entendimento da sala de aula como espaço de progressão próprio do saber didático-prático.
A didática é definida como teoria pedagógica de caráter prático, ou seja, teoria que busca prover respostas a demandas apresentadas pela sociedade à área pedagógica, sobre o desenvolvimento da prática no dia a dia da sala de aula, por meio de princípios construídos sobre a realidade concreta dessa prática, envolvendo um saber tecnológico que implique técnicas e regras sobre como ensinar.
A didática – teoria pedagógica – estuda e ensina como transformar o saber escolar, ou seja, o processo de pedagogização do saber científico.
Santos complementa ainda que, ao se apresentar a Didática como responsável pela investigação dos fundamentos, condições e modos de realização da instrução e do ensino, a mesma passa a ter caráter de “ciência da educação e assume o lugar da própria Pedagogia”.
Sobre “uma boa didática”, observe o que nos diz o Gráfico 1 abaixo.
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Após o exposto, vamos contextualizar a trajetória histórica da didática.

CONTEXTO HISTÓRICO
Para estudarmos a história da Didática, precisamos conhecer quem foi o “pai da Didática”. Ele desejava ensinar “tudo a todos” e atingir o ideal de uma “educação ideal”. Você sabe quem foi ele? Jan Amos Komensky ou Comenius (1592-1670)     Educador e pedagogo do século XVII.
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–  Pensador e educador pacifista.
–  Pregava, em pleno século XVII, o desarmamento mundial e o diálogo interreligioso.
–  Precursor de diretrizes universais
–  Declarava o direito universal da educação igualitária para todas as pessoas, de todos os povos e de qualquer condição.
– Tinha o projeto de ensino para todos: ensinar tudo a todos era a sua meta.
– Sua vida foi atribulada de perseguições e fugas, sofrimentos e trabalho árduo.

–  Morreu no exílio, na Holanda, depois de perder pátria, família e bens.
HISTÓRICO DA DIDÁTICA
E SEU CARÁTER PEDAGÓGICO
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De acordo com a autora Maria Amélia Castro (1991), consideremos:
DIDÁTICA

– Termo conhecido desde a Grécia antiga.
–  Alguns definem a Didática como uma ação que se refere ao ensino.
– Outros, como uma ciência, cujo objetivo fundamental é ocupar-se das estratégias de ensino, das questões práticas relativas à metodologia e às estratégias de aprendizagem.
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– Mas, o que é ENSINAR?
– ENSINAR é dar orientação ou educação; formar; transmitir conhecimentos.
Portanto, podemos afirmar que o ENSINO se relaciona com a DIDÁTICA, ou que é seu objeto principal?

– A disciplina DIDÁTICA, como campo de conhecimento, surgiu no século XVII, e constituiu um marco revolucionário e doutrinário no campo da Educação, com os seguintes educadores:
RATÍQUIO e COMÊNIO (século XVII), que propuseram agrupar os conhecimentos pedagógicos.
A obra de ROUSSEAU (1712­1778) deu origem a um novo conceito de infância.
PESTALOZZI (1746­1827) dá dimensões sociais à problemática educacional. A metodologia da Didática destina­se ao desenvolvimento do aluno.
HERBART (1776­1841) defende a ideia da “Educação pela Instrução”. Os fundamentos de suas propostas foram criticados pelos precursores da Escola Nova.
Surge, na década de 1920, um movimento chamado escola Nova. Intelectuais inspirados nas ideias político filosóficas de igualdade entre os homens e do direito de todos à educação viam num sistema estatal de ensino público, livre e aberto, o único meio efetivo de combate às desigualdades sociais da nação.
A Escola Nova
– A era do liberalismo, da industrialização e urbanização, exigiu novos rumos na educação.
– Descobertas feitas sobre a natureza da criança pela Psicologia do final do século XIX sustentam uma atenção maior nos aspectos internos e subjetivos do processo didático.
No final do século XIX, a Didática oscila entre diferentes paradigmas. Interpreta-se o ensino de diversas maneiras: há diferenças entre posições teóricas e diretrizes metodológicas ou tecnológicas.
– A dialética professor-aluno causa discussões.

– O inter-relacionamento da Didática com outras áreas do conhecimento é intenso e constante.
Década de 1930 no Brasil
Conservadorismo:
– Sistema de ideias baseado nos conteúdos tradicionais.
– O foco estava no professor e no conteúdo ministrado.
– A exigência da aprendizagem era apenas para o aluno.
– O foco do ensino estava na memorização.
– As provas eram aplicadas somente para dar notas.

Década de 1970 no Brasil
Tecnicismo
O Tecnicismo é forte na educação:
É uma tendência que define uma prática controlada e dirigida pelo professor com atividades mecânicas. A proposta educacional é rígida e o que é valorizado não é o professor, mas sim a tecnologia.
O professor é um especialista em aplicação de manuais técnicos, o que contribui para diminuir a sua criatividade. O foco na eficiência da aprendizagem se dá pela elaboração de planos de ensino e a seleção de conteúdos; pela prática pedagógica altamente controlada e dirigida pelo professor e atividades mecânicas inseridas em uma proposta educacional rígida.
QUAL A SITUAÇÃO ATUAL DA DIDÁTICA
Situação-atual-da-didática
Afinal, será mesmo a Didática apenas uma orientação para a prática, uma espécie de receituário do bom ensino? Esse é um dos mais discutidos problemas da disciplina.
A Didática se aproxima de outras teorias, em sua necessidade de explicar as relações entre os eventos que estuda, pois a função da teoria é a explicação.
A Didática deve conviver com essa dupla feição, teórica e prática.
HOJE
Há comprometimento com a qualidade cognitiva das aprendizagens. O professor é o mediador da aprendizagem e estimula os alunos à reflexão.
E aqui finalizamos o conteúdo sobre a “a evolução da didática”, gostaríamos muito de saber sua opinião, dica ou sugestão. Não perca essa oportunidade de conversar com a nossa equipe. Interaja! Ficaremos aguardando sua participação.

Referência:
Tavares, R. H. Didática geral / Rosilene Horta Tavares. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2011.



Didática:

Didática é um ramo da ciência pedagógica que tem como objetivo de ensinar métodos e técnicas que possibilitam a aprendizagem do aluno por parte do professor ou instrutor. É uma disciplina prática ainda que tenha como base as teorias pedagógicas que analisam os métodos mais convenientes a aplicar-se. A didática concretiza estes métodos em situações específicas escolhendo os melhores caminhos em cada caso para chegar a uma determinada meta.
A didática incorpora na mente do aluno a forma compreensiva tendo como objetivo o logro da transposição didática, ou seja, o passo do saber, como encontramos nos livros, ao que se tem a aprender e que seja compreensível para o aluno.
Existem técnicas didáticas para o ensinamento e/ou aprendizagem dos alunos individualmente, com os resumes, as sínteses dos quadros chamados sinópticos, monografias, trabalhos de investigação, escuta ativa, mapas conceituais e outras para os trabalhos em grupo, que em si mesmos são uma técnica de aprendizagem solidária e cooperativa.
Didática significa simplesmente ensinar, explicar e instruir ao aluno com técnicas de explicação para melhor formação do mesmo nos âmbitos de estudos ao que se há proposto. Didática é uma disciplina pedagógica concentrada no estudo dos processos de ensino e aprendizagem, que busca a formação e o desenvolvimento instrutivo e formativo dos estudantes.
O que procura a didática é reflexão e a análise do processo de ensino e aprendizagem e da docência como um todo. Conjuntamente com a pedagogia, a didática busca a explicação e a melhoria permanente da educação e dos fatos educativos. Ambos pretendem analisar e conhecer melhor a realidade educativa na que se concentra como disciplina, esta trata de intervir sobre a realidade que se estuda.
Como componentes didáticos atuantes podemos dar como exemplo primeiro, a que o professor, o aluno, o contexto de aprendizagem e o currículo, que é um sistema de processos de ensino e aprendizagem e possui quatro elementos básicos que são: Objetivos, conteúdos, metodologia e avaliação.
A didática, como conceito se pode entender como técnica pura ou ciência aplicada e como teoria básica da instrução, da educação e da formação, podendo-se reduzir o conceito simplesmente a cerca de que, para que e como realizar o ensinamento.


Aprendizagem
Picture
  O carácter intencional da aprendizagem é uma característica particular do ser humano. Este caracteriza-se, simultaneamente, pelo seu dinamismo, ao estar sempre em mutação e procurar novas informações para a aprendizagem. É ainda criador, ao procurar novos métodos que permitam a melhoria da própria aprendizagem, por exemplo, pela tentativa e erro.
     Para desenvolver o processo de aprendizagem, o ser humano necessita de estímulos externos e internos, como a motivação e a necessidade. Este processo provoca uma transformação qualitativa na estrutura mental daquele que aprende, sendo, por isso, um processo pessoal que envolve a totalidade da pessoa.
     Durante a aprendizagem, ocorre a interiorização de uma série de comportamentos e capacidades intelectuais, a aquisição de novos conhecimentos e o desenvolvimento de competências. Verifica-se também a alteração de conduta de um indivíduo, em que as informações adquiridas podem ser absorvidas através de técnicas de ensino ou pela mera aquisição de hábitos.
     Graças à capacidade para aprender, o ser humano consegue uma melhor adaptação ao meio que o rodeia, verificando-se que a maior parte da aprendizagem que o homem adquire é consequência da imitação de outras pessoas.
     A aprendizagem é simultaneamente influenciada e condicionada por diversos elementos básicos necessários ao sucesso do processo de fixação das novas informações, que depois serão processadas pelo indivíduo:
            Motivação - Aprende-se melhor e mais depressa se houver interesse pelo assunto que se está a estudar, dado que um  indivíduo motivado possui uma atitude activa e empenhada no processo de aprendizagem. Por isso, existe uma relação dinâmica entre a aprendizagem e a motivação.
          Conhecimentos anteriores - Os conhecimentos anteriores que uma pessoa detém sobre um assunto condicionam a aprendizagem, porque há aprendizagens prévias que, se não tiverem sido correctamente concretizadas, não possibilitam o acto de aprender. Deste modo, uma nova aprendizagem só se concretiza quando o material novo se incorpora e relaciona com os conhecimentos e saberes que já se possui, ocorrendo uma reorganização permanente dos conteúdos já possuídos.
          Quantidade de informação - A capacidade de o Homem aprender novas informações é limitada, dado que não é possível integrar simultaneamente grandes quantidades de informação. Por isso, é necessário seleccionar-se a informação relevante.
          Diversidade das actividades - Quanto maior for a diversidade das abordagens a uma temática e quanto mais distintas forem as tarefas, maior serão a motivação e a concentração do indivíduo e, consequentemente, a aprendizagem decorrerá melhor.
          Planificação e organização - A forma como se aprende determina, em larga escala, o que se aprende. Para que uma aprendizagem seja bem sucedida, é fundamental a definição clara de objectivos, a selecção de estratégias e é ainda necessário planificar, organizar o trabalho por etapas e ir avaliando os resultados. Estes processos promovem a eficiência e o controlo dos processos de aprendizagem e, concludentemente, a autonomia do ser humano.
            Cooperação - Se existir trabalho de forma cooperativa com os outros, determinados tipos de problemas são resolvidos de uma melhor forma e a aprendizagem é mais eficaz, uma vez que “a aprendizagem cooperativa, ao implicar a interacção e a ajuda mútua, possibilita a resolução de problemas complexos de forma mais eficaz e elaborada”. Este facto deve-se à singularidade do ser humano, pelo que a forma como cada ser humano encara um problema e a forma como o soluciona é diferente.
    
     Todavia, a aprendizagem é igualmente influenciada pela hereditariedade, em que o estímulo, o impulso, o reforço e a resposta são considerados elementos básicos no processo de fixação das novas informações adquiridas e processadas pelo indivíduo.
     O estado emocional também influencia a eficiência da aprendizagem, uma vez que existe uma propensão para recordarmos melhor os acontecimentos que se encontram associados a experiências especialmente felizes, tristes ou dolorosas.
     Além disso, também nos lembramos melhor dos acontecimentos quando estamos atentos, o que significa que o interesse reforça a aprendizagem.

     Deste modo, compreende-se que o processo de aprendizagem é de suma importância para o estudo do comportamento do ser humano.

quinta-feira, 2 de novembro de 2017





A Educação é muito importante na vida do ser humano.

A alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte do processo da busca. E ensinar e aprender não pode dar-se fora da procura, fora da boniteza e da alegria.
Paulo Freire


Para Conhecer:
Para refletirmos sobre a Pedagogia, faz-se necessário sabermos o que é o conhecimento, você já se
Perguntou o que é conhecimento?
Conhecimento é o Conjunto de informações, conceitos e ideias que explicam uma dada realidade. Quando queremos conhecer
Algo como, por exemplo, o sistema solar, adquirimos em primeiro lugar as informações
Nos livros, nas aulas, na televisão, nos filmes e nas conversas; esses dados, características, impressões e opiniões são informações, não são ainda conhecimento. Após aprofundarmos as leituras, as investigações, os estudos, o nosso pensamento vai associar as informações adquiridas e elucidar determinados conceitos, que possibilitarão a compreensão e explicação de uma realidade; nesta etapa de pensamento o conhecimento é produzido. Isto significa que o conhecimento é o entendimento de uma realidade e permite a explicação verdadeira sobre ela; assim, o conhecimento auxiliará o homem a agir e transformar uma dada realidade.
O conhecimento é produzido no ato de conhecer e o ato de conhecer é entendido como a relação que se estabelece entre o sujeito que conhece, ser consciente (o homem é o animal por excelência que conhece) e o objeto que vai ser conhecido (este objeto pode ser uma ideia, uma realidade, uma disciplina, um tema, um problema).

Fonte:; COUTO LARCHERT. In: Módulo EAD Biologia, 2006, p. 71.


1.              A ALFABETIZAÇÃO E SEUS MÉTODOS


O que é a alfabetização? Como surgiu? Qual é a sua função dentro de uma
sociedade? Como ela pode ser realizada com sucesso? Existem métodos para esta
tarefa? Estas e outras questões serão abordadas a seguir.



2.  A ORIGEM DA ALFABETIZAÇÃO



Estudando a origem da alfabetização é possível constatar que devido às
necessidades da comunicação do dia a dia da humanidade é que surgiu a escrita e
a leitura, e que ao inventar a escrita, o homem também fez surgir a necessidade de
que ela continuasse a ser usada e passada para as novas gerações. Devido a essa
necessidade surgiu à alfabetização, ou seja, processo inicial de transmissão de
leitura e escrita.



Com relação à necessidade do surgimento da escrita para o dia a dia da
humanidade, Cagliari (1998, p. 14) confirma que:



De acordo com os fatos comprovados historicamente, a escrita surgiu do
sistema de contagem feito com marcas em cajados ou ossos, e usadosprovavelmente para contar o gado, numa época em que o homem jápossuía rebanhos e domesticava os animais. Esses registros passaram aser usados nas trocas e vendas, representando a quantidade de animais oude produtos negociados. Para isso, além dos números, era preciso inventaros símbolos para os produtos e para os proprietários.
Com o passar dos tempos em função da necessidade que a escrita e a
leitura passasse de geração em geração e que realmente se entenda o que está
escrito surgiram às regras da alfabetização. Em relação a essa necessidade,
Cagliari (1998 p. 15) afirma que: “O longo do processo de invenção da escrita
também incluiu a invenção de regras de alfabetização, ou seja, as regras que
permitem ao leitor decifrar o que está escrito e saber como o sistema de escrita
funciona para usá-lo apropriadamente”.
Essa necessidade de passar o conhecimento da leitura e da escrita de
geração a geração, cada vez mais está ganhando importância, porém é muito
recente essa conscientização em relação ao processo inicial de transmissão da
leitura e escrita, principalmente como forma de evitar o número de insucesso na
formação final de alunos. Ferreiro (2001) afirma que, “é recente a tomada de  
2.0 DA ALFABETIZAÇÃO AO LETRAMENTO

Os estudos sobre letramento se evidenciaram no Brasil nos anos 80 por meio de vários autores brasileiros, entre eles Magda Soares, que define o letramento como o uso efetivo e competente da leitura e da escrita nas práticas sociais que envolvam a língua escrita, portanto, letrar é uma ação educacional que compete aos professores pela responsabilidade de mediação docente em motivar o pensamento acadêmico para a busca da escrita e da leitura numa consciência crítica da importância do letramento na vida social. Soares (2010) distingue a alfabetização de letramento de maneira que possamos entender a razão desse novo vocábulo. Para essa autora, alfabetização é a ação de ensinar/ aprender a ler e escrever e letramento é o estado ou condição de quem já aprendeu a ler e escrever.
Barbosa (2013) as práticas pedagógicas são processos culturais, histórias e acabam evoluindo dependendo da necessidade da sociedade, isso aconteceu com a alfabetização e sempre acontecerá.
Para Soares (2002) do ponto de vista da dimensão individual de letramento( a leitura como uma tecnologia), é um conjunto de habilidades lingüísticas e psicológicas, que se estendem desde a habilidade de decodificar palavras escritas até a capacidade de compreender textos escritos.
Krammer (1986) nos afirma que mais que um processo de alfabetização o saber ler implica no desenvolvimento da comunicação e expressão com ênfase no processo de produção e utilização de textos. Para o autor:
Saber ler e escrever significa dispor do veículo fundamental de acesso aos conhecimentos da língua nacional, da Matemática, das Ciências, da História, da Geografia e significa ainda, possuir o instrumento de expressão e compreensão da realidade física e social.

Nesse caso o autor defende a alfabetização, sob um novo contexto e junto com Soares (1985), afirma que o conceito correto de alfabetização seria suficientemente amplo para incluir a abordagem mecânica do Ler/escrever o enfoque da língua escrita como meio de 

1.                  Formação continuada
A formação continuada, segundo estudiosos da área, como Nóvoa (1991) e Freire (1991), é a saída possível para a melhoria da qualidade de ensino, dentro do contexto educacional contemporâneo. Nova o bastante, por não dispor ainda de mais teorias nutrientes, provavelmente, ainda em gestação, é uma tentativa de resgatar a figura do mestre, tão carente de respeito devido a sua profissão, tão desgastada em nossos dias. Freire afirma que “ninguém nasce educador ou marcado para ser educador. A gente se faz educador à medida que a gente se forma, como educador, permanentemente, na prática e na reflexão da prática”. (FREIRE,1991, p.58).
A modernidade exige mudanças, adaptações, atualização e aperfeiçoamento. Quem não se atualiza, fica pra trás. A parceria, a globalização, a informática, toda tecnologia moderna é um desafio a quem se formou há vinte ou trinta anos. A concepção moderna de educação exige uma sólida formação científica, técnica e política, viabilizadora de uma pratica pedagógica crítica e consciente da necessidade de mudança na sociedade brasileira.
Desse modo, percebemos que a tarefa do professor das séries iniciais da Educação Básica vem se complexificando. Se a escola não começar a melhorar hoje, amanhã ela continuara a ser o que é. O hoje significa o ensino fundamental. Se nossas crianças não forem alfabetizadas adequadamente, não aprenderem a ler o livro e o mundo, a questionar, criar, participar, exigir; se os métodos não se tornarem ativos, se o conteúdo não se tornar significativo, de nada não adianta falar em reforma ou melhoria de ensino em outros níveis. A base é que está viciada e precária. Estamos alfabetizando como há cinquenta anos: repetindo lições, copiando a cartilha, falando uma linguagem incompreensível.