quinta-feira, 12 de setembro de 2013


O SABER EDUCAR


 A educação possui algumas funções diferentes, entre elas:

• Como função social, denota: auxiliar a criança em sua adequação no mundo real;

• Como função psicológica, significa: ajudar as crianças a mobilizar e aplicar suas forças físicas e psíquicas ás exigências da vida.

 A boa educação é uma das maiores fortunas, mas saber educar é um dos maiores conhecimentos. A educação demanda muito cuidado, calma e sabedoria, porque ela influi sobre toda a vida. Com certeza você também já ouviu dizer que o ser humano é tudo ou nada, dependendo da educação que teve.

 A educação começa com bons costumes. Pai e educadores devem orientar seus filhos e educandos sobre costumes relacionados com alimentação, vestuário, sono asseio, obediência e diversão. São estes costumes que formam as primeiras impressões benéficas na formação do caráter de criança.

 Não basta termos o cuidado de alimentar a criança e vesti-la bem, pois além dos cuidados físicos temos que ter também cuidados morais.A astúcia da criança exige vigília cotidiana. É no início da infância que temos que observar as reações e as tendenciosas da criança e nesta fase é fácil corrigi-la.



 Com ajuda de vários fatores educativos a criança desenvolve sua própria personalidade. Ela poderá tornar-se fechada, desconfiada e agressiva quando não se sente compreendida; é provável que algumas de suas capacidades fiquem adormecidas por insensatez dos pais e/ ou educadores e outras que não tiveram desenvolvimento no tempo apropriado. O caráter da criança é desenvolvido conforme ela vai sendo educada. A partir do momento que manifesta o poder da vontade, que é base da sua personalidade, pais e educadores devem vigiá-la, observando todos os seus passos, a fim de que num impulso qualquer fique livre para.

ir em busca de outros caminhos. Lembre-se a vontade da criança deve ser administrada e modelada, mas nunca descuidada.

 No decorrer dos anos, observações baseadas em fatos vieram a revelar a inconveniência de tal educação, mostrando-nos que crianças e jovens, tão importantes como os adultos, devem em suas tendências ser tomados como personalidade e orientados dentro de normas sadias, respeitando-se suas predileções.

 O que mais falta na criança e no jovem hoje é a vontade de obedecer tanto os pais quanto aos educadores.

 À vontade deles é sempre indecisa, fraca, atrapalhada pela fragilidade do organismo, pela instabilidade do pensamento. Estes necessitam de uma disciplina que os ajude a querer fazer o que é certo.

 Estudiosos chegaram a conclusão de que não existe um método educativo que se possa chamar de modelo. A educação compreende princípios gerais de aplicação pouca profunda. Contudo, indo mais intensamente ao assunto, cada criança e jovem devem ser educados segundo suas tendências pessoais e naturais. É necessário que pais e educadores observem o desabrochar de sua inteligência fazendo com que devagar eles percam as más tendências e desenvolvam as adequadas. Todas as crianças e jovens possuem mentes flexíveis. Nunca devemos exigir obediência, sem antes fazê-los ver as razões.

 A educação deve advir de casa. A família é o porto seguro. A casa é um lugar para chegar, ficar, refazer as energias, é um local de hábitos, caráter e crenças de cada um. Podemos dizer que como vai a casa, vai a vida, porque tudo o que é bom para a família é bom para a vida. Educar criança e jovem é muito além de uma atmosfera de bem estar na casa O desenvolvimento da criança e do jovem na casa tem um lado construtivo, mas não é a totalização da educação deles. As crianças e jovens encontram nos pais um espelho em que sucessivamente se olham, buscam imitar-lhes todos os exemplos. O ambiente em que a criança e o jovem vivem e se desenvolvem é aquele que determina seus hábitos de pensamentos e comportamentos, moldando-lhes o caráter e os ideais.


 A função da escola é o da construção de conhecimentos acrescidos de alguns valores, comprometendo-se com a formação moral e profissional do cidadão, centrada em pilares do saber, saber fazer, saber ser, e saber conviver. Portanto os educadores devem fazer com que os educandos tragam sua vida para sala de aula, assim ocorre a fusão entre o trabalho do educar e os estímulos da família e da sociedade.

 Os pais e educadores precisam juntar forças a fim de dar á criança e ao jovem o que eles carecem, atuando ambos com dedicação, amizade, afeto e competência. É necessário procurar conhecer na criança e no jovem, suas características peculiares, suas aptidões, seu caráter para enfim, poder educá-los corretamente e desenvolver suas potencialidades.

 O fato de dedicar esse tempo para conhecê-los melhor poderá fazer com que a criança e o jovem se ajustem mais facilmente à realidade que está em sua volta. Nesse sentido educar é extrair da criança e do jovem tudo aquilo que eles trazem em si mesmos em forma de energia, fazendo com que se mostrem através do que possuem, exercitando a conquista do conhecimento e de si mesmos.

 A criança e o jovem são estimulados positivamente quando pais e educadores estimulam seus acertos e sabem atuar da melhor forma para corrigi-los, quando estão errados.

 Agindo com atitudes de firmeza na educação, mas com um coração admirável, estarão colaborando para a constituição de uma individualidade benéfica de seus filhos e educandos.

 Os pais, juntamente com os educadores, são instrumentos fundamentais neste processo.

 Por isso, para evitar que crianças e jovens desenvolvam o hábito de fazerem o que quiserem, dominando os adultos com os seus caprichos e vontades, faz-se necessário que percebam, desde cedo, as normas de um conviver sadio, entendendo que os limites existem.

 Estipular normas para crianças e jovens é prepará-los para habituarem-se ao mundo e às suas diferentes realidades e também é uma forma de ajudá-los a se estabelecerem afetivamente.

 As crianças e jovens devem instruir-se para conduzir seus instintos. Caso pais e educadores repreenderem seus instintos, isso poderá implicar perigo das neuroses. Pais e educadores devem, em relação a educação, encontrar um caminho entre o consentir e o proibir. Para dissolver essa situação embaraçosa eles deveriam almejar pelo menos a melhor fórmula: auxiliar quanto mais e lesar quanto menos.

 No entanto, é muito mais complexo ter certeza de que pais e educadores estão proporcionando as condições certas para o bem estar mental dos filhos e educandos. Basta olharmos ao redor, para as famílias de nossos conhecidos ou amigos, para vermos se existe um específico jeito de enfrentar os acontecimentos de crianças e jovens. Cada um conhece sua situação melhor do que ninguém e é importante ter a veracidade na própria crítica. Mas é muito mais admirável questionar-se, manter a mente aberta e estar disposto a mudar quando suas reações em relação a filhos e educandos não se mostrarem as mais apropriadas.

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