O SABER EDUCAR
A educação possui
algumas funções diferentes, entre elas:
• Como função social, denota: auxiliar a criança em sua
adequação no mundo real;
• Como função psicológica, significa: ajudar as crianças a
mobilizar e aplicar suas forças físicas e psíquicas ás exigências da vida.
A boa educação é uma
das maiores fortunas, mas saber educar é um dos maiores conhecimentos. A
educação demanda muito cuidado, calma e sabedoria, porque ela influi sobre toda
a vida. Com certeza você também já ouviu dizer que o ser humano é tudo ou nada,
dependendo da educação que teve.
A educação começa com
bons costumes. Pai e educadores devem orientar seus filhos e educandos sobre
costumes relacionados com alimentação, vestuário, sono asseio, obediência e
diversão. São estes costumes que formam as primeiras impressões benéficas na
formação do caráter de criança.
Não basta termos o
cuidado de alimentar a criança e vesti-la bem, pois além dos cuidados físicos
temos que ter também cuidados morais.A astúcia da criança exige vigília
cotidiana. É no início da infância que temos que observar as reações e as
tendenciosas da criança e nesta fase é fácil corrigi-la.
Com ajuda de vários
fatores educativos a criança desenvolve sua própria personalidade. Ela poderá
tornar-se fechada, desconfiada e agressiva quando não se sente compreendida; é
provável que algumas de suas capacidades fiquem adormecidas por insensatez dos
pais e/ ou educadores e outras que não tiveram desenvolvimento no tempo
apropriado. O caráter da criança é desenvolvido conforme ela vai sendo educada.
A partir do momento que manifesta o poder da vontade, que é base da sua
personalidade, pais e educadores devem vigiá-la, observando todos os seus
passos, a fim de que num impulso qualquer fique livre para.
ir em busca de outros caminhos. Lembre-se a vontade da
criança deve ser administrada e modelada, mas nunca descuidada.
No decorrer dos anos,
observações baseadas em fatos vieram a revelar a inconveniência de tal
educação, mostrando-nos que crianças e jovens, tão importantes como os adultos,
devem em suas tendências ser tomados como personalidade e orientados dentro de
normas sadias, respeitando-se suas predileções.
O que mais falta na
criança e no jovem hoje é a vontade de obedecer tanto os pais quanto aos
educadores.
À vontade deles é
sempre indecisa, fraca, atrapalhada pela fragilidade do organismo, pela
instabilidade do pensamento. Estes necessitam de uma disciplina que os ajude a querer
fazer o que é certo.
Estudiosos chegaram a
conclusão de que não existe um método educativo que se possa chamar de modelo.
A educação compreende princípios gerais de aplicação pouca profunda. Contudo,
indo mais intensamente ao assunto, cada criança e jovem devem ser educados
segundo suas tendências pessoais e naturais. É necessário que pais e educadores
observem o desabrochar de sua inteligência fazendo com que devagar eles percam
as más tendências e desenvolvam as adequadas. Todas as crianças e jovens
possuem mentes flexíveis. Nunca devemos exigir obediência, sem antes fazê-los
ver as razões.
A educação deve advir
de casa. A família é o porto seguro. A casa é um lugar para chegar, ficar,
refazer as energias, é um local de hábitos, caráter e crenças de cada um.
Podemos dizer que como vai a casa, vai a vida, porque tudo o que é bom para a
família é bom para a vida. Educar criança e jovem é muito além de uma atmosfera
de bem estar na casa O desenvolvimento da criança e do jovem na casa tem um
lado construtivo, mas não é a totalização da educação deles. As crianças e
jovens encontram nos pais um espelho em que sucessivamente se olham, buscam
imitar-lhes todos os exemplos. O ambiente em que a criança e o jovem vivem e se
desenvolvem é aquele que determina seus hábitos de pensamentos e
comportamentos, moldando-lhes o caráter e os ideais.
A função da escola é o
da construção de conhecimentos acrescidos de alguns valores, comprometendo-se
com a formação moral e profissional do cidadão, centrada em pilares do saber,
saber fazer, saber ser, e saber conviver. Portanto os educadores devem fazer
com que os educandos tragam sua vida para sala de aula, assim ocorre a fusão
entre o trabalho do educar e os estímulos da família e da sociedade.
Os pais e educadores
precisam juntar forças a fim de dar á criança e ao jovem o que eles carecem,
atuando ambos com dedicação, amizade, afeto e competência. É necessário
procurar conhecer na criança e no jovem, suas características peculiares, suas
aptidões, seu caráter para enfim, poder educá-los corretamente e desenvolver suas
potencialidades.
O fato de dedicar esse
tempo para conhecê-los melhor poderá fazer com que a criança e o jovem se
ajustem mais facilmente à realidade que está em sua volta. Nesse sentido educar
é extrair da criança e do jovem tudo aquilo que eles trazem em si mesmos em
forma de energia, fazendo com que se mostrem através do que possuem,
exercitando a conquista do conhecimento e de si mesmos.
A criança e o jovem
são estimulados positivamente quando pais e educadores estimulam seus acertos e
sabem atuar da melhor forma para corrigi-los, quando estão errados.
Agindo com atitudes de
firmeza na educação, mas com um coração admirável, estarão colaborando para a
constituição de uma individualidade benéfica de seus filhos e educandos.
Os pais, juntamente
com os educadores, são instrumentos fundamentais neste processo.
Por isso, para evitar
que crianças e jovens desenvolvam o hábito de fazerem o que quiserem, dominando
os adultos com os seus caprichos e vontades, faz-se necessário que percebam,
desde cedo, as normas de um conviver sadio, entendendo que os limites existem.
Estipular normas para
crianças e jovens é prepará-los para habituarem-se ao mundo e às suas
diferentes realidades e também é uma forma de ajudá-los a se estabelecerem
afetivamente.
As crianças e jovens
devem instruir-se para conduzir seus instintos. Caso pais e educadores
repreenderem seus instintos, isso poderá implicar perigo das neuroses. Pais e
educadores devem, em relação a educação, encontrar um caminho entre o consentir
e o proibir. Para dissolver essa situação embaraçosa eles deveriam almejar pelo
menos a melhor fórmula: auxiliar quanto mais e lesar quanto menos.
No entanto, é muito
mais complexo ter certeza de que pais e educadores estão proporcionando as
condições certas para o bem estar mental dos filhos e educandos. Basta olharmos
ao redor, para as famílias de nossos conhecidos ou amigos, para vermos se
existe um específico jeito de enfrentar os acontecimentos de crianças e jovens.
Cada um conhece sua situação melhor do que ninguém e é importante ter a
veracidade na própria crítica. Mas é muito mais admirável questionar-se, manter
a mente aberta e estar disposto a mudar quando suas reações em relação a filhos
e educandos não se
mostrarem as mais apropriadas.
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