sábado, 20 de julho de 2019


     A Pedagogia da Escola tradicional já recebia o aluno como um ser humano corrompido. Suas ações no ambiente escolar de certa forma  demonstravam isto: alunos inquietos, ora curiosos, ora destrutivo,  indisciplinados, se deixados sozinhos, sem regras e sem vigilância. Perversos, com hábitos inaceitáveis como pegar as coisas dos outros indevidamente, masturbar-se, não respeitarem os mais velhos e autoridades, não cumprir com as tarefas e responsabilidades.
    Estes alunos deveriam ser expostos a um modelo de aperfeiçoamento humano para poderem desenvolver sua parte da natureza humana essencial.  Este modelo era desenvolvido pelos professores e alguém escolhido para dar nome à escola e que deveria ser cultivado e seus feitos deveriam ser divulgados  aos alunos para que eles conhecessem e soubessem sempre que modelo a  seguir. 
      Por isso, as escolas públicas sempre levam o nome de alguém  (geralmente de um homem) considerado aprimorado pela cultura (BOCK, 2003).  Esta escola era regida ainda por outros princípios, conforme nos cita Bock  (2003): disciplinas e regras rígidas para que os alunos pudessem ir corrigindo  seus desvios. Princípios e códigos morais eram estabelecidos, impostos,  divulgados e repetidos exaustivamente. Deveriam a ser aprendidos a qualquer  custo, e para garantir que os resultados fossem alcançados, eram contratados  vigilantes disciplinares como agentes educacionais da escola.

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